quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Resenha! - Agnus Dei - A idade do sangue





No mundo inteiro, cinco grandes organizações trabalham contra as forças sobrenaturais malignas. A Ordem de Aset, formada por vampiros, e Agnus Dei, por padres, ficam na Europa e estão em conflito. Ambas descobrem o nascimento de uma pessoa importante para o rumo da humanidade e a querem. Essa é a trama de Agnus Dei, da jovem escritora Julianna Costa. O livro publicado pela Grimório Editorial tem 376 páginas e é dividido em um prólogo e 34 capítulos. Mas como parceria tenho a edição do autor do livro, que achei bem mais bonita que a da editora.

A obra, que é o primeiro volume de uma série chamada A Idade do Sangue, tem como protagonista Julie, uma garota universitária normal que adora fazer trilha. Isso até sofrer um acidente de carro e depois ser mordida por um vampiro, e também ser transformada em uma dessas criaturas da noite.

Ela é levada à Ordem de Aset e mantida lá, por acreditarem que possa ser a reencarnação de um dos fundadores da organização, iniciada há 2.500 anos a.C. Eles vivem em um mundo tridimensional (altura – largura – profundidade), e com suas próprias políticas, tradições e regras de convivência, assim como alguns problemas de conspirações e relacionamentos.

A narrativa evolui aos poucos; com capítulos curtos, consegue prender o leitor nas tramas paralelas. Na abertura de cada capítulo, além de um título, também são apresentadas citações, pensamentos e provérbios relacionados com a história. Em certo momento, até mesmo o surgimento dos vampiros no mundo é contado.

Descobertas, crimes, lembranças, sonhos, desconfianças, surpresas, caçadas, fugas, desejos, traições e sensualidade contextualizam os acontecimentos que misturam aventura com drama, romance com suspense, tudo em meio a mortes e muito sangue. Além de vampiros, também temos anjos, bruxas e lobisomens no livro, mesmo que como coadjuvantes e citados indiretamente.

Algo que me incomodou foi a fácil aceitação de Julie à sua nova condição de vida. No início não entendeu muito, mas logo se viu em um meio novo e recebeu todas as informações de maneira rápida e simples. A obra ainda trata de demônios e do próprio Vaticano e da Igreja Católica, envoltos de mistérios e explicações. Mutações, dinheiro, telepatia, tatuagens pelo corpo, hackers, pactos, escolhas e encontros também fazem tornam o enredo instigante e curioso.

Preciso confessar que a capa não é muito atraente, as páginas muito cinzas incomodam e as descrições nas orelhas e na contra capa são um pouco presunçosas, comparando a narrativa da autora com a de J. K. Rowling e George R. R. Martin – o que considero mais uma jogada de marketing do que análise da obra. E o título também me incomodou, já que a trama centra-se mais na organização Ordem de Aset do que na Agnus Dei.


Ao final do livro temos uma revelação sobre a personagem principal que, acredito eu, possa ser o mote para o segundo volume da série. A linguagem simples, com diálogos e pensamentos destacados, torna o enredo envolvente e a história atrativa. Os vampiros de Julianna Costa não são tão diferentes dos outros, mas podem atrair leitores que gostam de histórias com essas criaturas sombrias.

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