quarta-feira, 17 de julho de 2013

Romance que J.K. Rowling lançou sob pseudônimo já tem editora no Brasil

Não foram só os leitores que caíram em cima do até então quase desconhecido “The Cuckoo’s Calling”, de Robert Galbraith, quando se soube, no último domingo, que Robert Galbraith é, na verdade, J.K. Rowling, a autora de “Harry Potter”. Editores também ficaram em polvorosa.
Mas “The Cuckoo’s Calling” já tinha editora no Brasil antes de a informação vazar, no último domingo –o que foi uma bola cantada por um anônimo no Twitter, apurada por um professor da Universidade de Oxford e divulgada pelo “The Sunday Times”. O livro teve os direitos comprados pela Rocco – que, procurada na noite de ontem, informou hoje que não se manifestaria a respeito.
A obra teria sido oferecida em vários países, sem que o nome da autora tivesse sido revelado, a editoras que já publicaram Rowling ou que pelo menos concorreram no último leilão de um livro dela, o de “Morte Súbita”. Ou seja, editoras que os agentes da autora conheciam bem. Alguns sinais disso: entre outras editoras no mundo que vão publicar a obra, estão a francesa Grasset e a holandesa Meulenhoff, duas que publicaram “Morte Súbita”. A Rocco, como se sabe, é a editora de “Harry Potter” no Brasil, embora tenha perdido a chance de publicar “Morte Súbita” na disputa vencida pela Nova Fronteira no fim do ano passado.
The Cuckoo’s Calling” é o primeiro de uma série, que deve ter outro volume em 2014. Tinha vendido só 1.500 cópias na Inglaterra até sábado. Desde domingo, é o mais vendido na Amazon na Inglaterra e nos EUA, com a edição em inglês ficando em sétimo na Amazon.com.br
“Esperava manter o segredo por mais tempo. Ser Robert Galbraith foi libertador”, informou Rowling em nota, ao ser desmascarada. “Foi maravilhoso publicar sem expectativa do público, pelo puro prazer de ler comentários sob outro nome.” Galbraith fora anunciado como ex-policial estreante na literatura, mas seu texto chegou a ser comparado, nas escassas resenhas, ao de P.D. James.
No livro, um veterano de guerra, bancando o detetive particular, tenta desvendar o suicídio de uma modelo em Londres. Isso me fez lembrar uma coisa. Quando foi anunciado que Rowling escreveria seu primeiro livro adulto, comentou-se que seria um policial. Acabou vindo “Morte Súbita”, e era um livro político, e não se falou mais em policial. Até o último domingo.

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